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terça-feira, 3 de julho de 2018


Caminhamos lado a lado, pelo campo, por um trilho ladeado de arvores e flores, dás-me a mão e caminhamos em silêncio, só sentindo o ar puro e fresco do campo, repentinamente viras-te e sem que pudesse fazer nada, abraças-me, sorrio apertada contra o teu peito, faz tanto tempo tempo que não me abraças...
Sem saber onde estava sem ter noção de nada á minha volta, num abraço contra o tempo, meu corpo  entorpecido, como se não soubesse o que estava a acontecer, só lembro de perguntar porque te foste?
Porque foste tão cedo?
A resposta veio simples, limpida, num tom de voz calmo e sereno, porque tenho que ir....
Porque tens que ir?
Abro os olhos, estou a sonhar, viro-me para o outro lado, fecho os olhos com uma força descomunal, dorme, dorme, volta...
Não adormeci, chorei desalmadamente até amanhecer.
Foi um sonho... 
Na minha cabeça ecoa... Porque tenho que ir... Porque tenho que ir...
Foi só um sonho! Tão real que ainda te vejo, que ainda te ouço...,
Porque tenho que ir...

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