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quarta-feira, 6 de junho de 2018


Sobressaltada dou um salto na cama, ainda naquele estado em que não sei se estou a dormir ou se já acordei, ainda dormente de mais uma noite mal dormida, vem a minha mente um primeiro pensamento, aquele que ainda nem percebe o que está a acontecer à nossa volta, não estás mais aqui! Não foi sonho, não estás mais aqui.
Fecho os olhos novamente, as lágrimas correm pelo meu rosto com vontade própria, olho o relógio, 5:00 horas da manhã, fecho os olhos por mais uns minutos e percebi que estou desperta, que já não vou voltar a adormecer, e é mais uma madrugada em que de olhos fechados e lágrimas que não me obedecem, digo baixinho, vezes sem conta a mesma coisa, aquele pensamento que me fez acordar.
Não estás mais aqui!
É mais uma madrugada em  que preciso, voltar a acreditar, a mentalizar - me, a repetir para mim mesma bem baixinho vezes sem conta, não foi sonho.
É mais uma madrugada em que o meu primeiro pensamento és tu, sim, tu!
E tenho que fazer uma força mental para tentar entender, fazer um esforço no mais profundo do meu sentir, para dizer a mim própria, é mesmo verdade, não estás mais aqui. É só mais outra madrugada em que preciso acordar dezenas de vezes depois de ter acordado, para aquele pensamento se interiorizar e perceber que náo foi sonho.
Fecho os olhos e adormeço. E passam horas, um pensamento, voltei a adormecer, mas olho o relógio e percebo que só passaram alguns minutos.
O relógio diz - me, como que a rir - se de mim, 6:00h, e não estás mais aqui.
Agora sim, completamente desperta, e nem vale a pena insistir, em voltar a fechar os olhos, levanto - me e vou regar o jardim.
Lembras - te, aquela meia dúzia de flores e umas quantas ervas aromáticas, que tenho na varanda e a que chamava de minha horta.
Levanto - me! Vou até á varanda, inspiro o ar fresco profundamente, expiro-o lentamente, interiorizo novamente, não estás mais aqui!
Um novo dia começa.
Mais um dia para aprender a viver sem ti.

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