Um dia de sol, lindo, brilhante, nem uma nuvem perturba esta paz, esta luminosidade de um céu tão azul, tão calmo.
Nem uma brisa sopra. Hoje o vento ficou em casa, e tu? Tu irradias felicidade, porque um dia sem vento era para ti motivo de felicidade, de uma alegria imensa de poder pedalar sem o vento a atrapalhar, e esse teu sorriso malandro irradiava felicidade.
Nem uma brisa sopra. Hoje o vento ficou em casa, e tu? Tu irradias felicidade, porque um dia sem vento era para ti motivo de felicidade, de uma alegria imensa de poder pedalar sem o vento a atrapalhar, e esse teu sorriso malandro irradiava felicidade.
Equipas—te a rigor, sempre! Fato de ciclista, óculos, capacete, tênis próprios, porque eras assim mesmo, ou fazias bem feito, ou simplesmente não fazias.
E naquele lindo dia lá foste na actividade de que mais gostavas.
A pedalar, permitias que todas as loucuras da vida e do dia a dia se perdessem naquelas estradas.
A pedalar voltavas solto, arejado, descontraído, com um brilho e uma paz inigualável.
Mas...
Mas hoje neste dia que tudo tinha de belo, tu não voltaste.
Hoje no mais lindo dia de sol de Setembro, o teu coração traiu—te e não voltaste, foste a pedalar em direção ao sol, ao infinito, ao paraíso, foste terminar a tua viagem numa estrada sem fim, em direcção ao campo de malmequeres, porque é assim que imagino o paraíso, é assim que imagino o céu.
Hoje no dia mais lindo de Setembro e o dia mais triste das nossas vidas, o teu coração sucumbiu.
Hoje neste lindo dia, sabe—se lá porquê, sem explicação, tu foste no teu passeio matinal e não voltaste.
No dia mais lindo de Setembro, no mais perfeito dia de outono, na berma daquela estrada, a tua vida terminou, sei lá porquê.
Porque tinha que ser?
Sei lá....
Será que existe explicação?
Sei lá...
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