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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

30 Setembro 2017


Um dia de sol, lindo, brilhante, nem uma nuvem perturba esta paz, esta luminosidade de um céu tão azul, tão calmo.
Nem uma brisa sopra. Hoje o vento ficou em casa, e tu? Tu irradias felicidade, porque um dia sem vento era para ti motivo de felicidade, de uma alegria imensa de poder pedalar sem o vento a atrapalhar, e esse teu sorriso malandro irradiava felicidade.
Equipas—te a rigor, sempre! Fato de ciclista, óculos, capacete, tênis próprios, porque eras assim mesmo, ou fazias bem feito, ou simplesmente não fazias.
E naquele lindo dia lá foste na actividade de que mais gostavas.
A pedalar, permitias que todas as loucuras da vida e do dia a dia se perdessem naquelas estradas.
A pedalar voltavas solto, arejado, descontraído, com um brilho e uma paz inigualável.
Mas...
Mas hoje neste dia que tudo tinha de belo, tu não voltaste.
Hoje no mais lindo dia de sol de Setembro, o teu coração traiu—te e não voltaste, foste a pedalar em direção ao sol, ao infinito, ao paraíso, foste terminar a tua viagem numa estrada sem fim, em direcção ao campo de malmequeres, porque é assim que imagino o paraíso, é assim que imagino o céu.
Hoje no dia mais lindo de Setembro e o dia mais triste das nossas vidas, o teu coração sucumbiu.
Hoje neste lindo dia, sabe—se lá porquê, sem explicação, tu foste no teu passeio matinal e não voltaste.
No dia mais lindo de Setembro, no mais perfeito dia de outono, na berma daquela estrada, a tua vida terminou, sei lá porquê.
Porque tinha que ser?
Sei lá....
Será que existe explicação?
Sei lá...

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