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domingo, 16 de dezembro de 2012



Assisto sem surpresa ao respirar de um corpo
Que dói a tocar sem um lamento
Bebendo devagar o hálito quente que se reprime
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Numa ansiedade o desguarnecer de mim,
Esta saudade, este fulgor que não se apaga
Nesta intenção que sinto de correr ao teu encontro
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Há dias em que fujo e me abrigo numa recusa
Negando com secreta violência este meu sentir
De mulher comovente nos teus afagos
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Perco-me numa vontade que não se cumpre
Sem descobrir a fonte desta ternura
Que a raiva não esconde nem desfaz
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Encontro-te nesta vontade de ser tua
Negando em silencio este desejo, recuso-me
A cair e entrego-me neste anseio de te amar
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Sem surpresa… desperta a carícia, a ternura
Surge a vontade de contigo correr nesta voragem
Que não consigo esconder. Este amor este partilhar
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Maria João silva
16/12/04

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